sábado, 15 de outubro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

EDUCAÇÃO

           Se procurássemos, em qualquer dicionário, o significado do verbo educar da 1ª conjugação, encontraríamos: ”Formar a inteligência, o coração  o espírito”. – Quer dizer, trocando em miúdos: “Educar globalmente o ser humano para a vida”.

          A própria escola ao educar, nos dias de hoje, deturpou o processo educacional, pois o que se aprende na escola é decorar as disciplinas, dado que é bom aluno educado, aquele que é aprovado no vestibular.  Daí os tablados das escolas privadas, provando que não às de maior nível educacional.  Por exemplo: Marina da Silva Alvarenga – 1º lugar em medicina na UFRJ.  Marina é ótima em geometria, geografia biologia, etc. Assim, Marina se transforma em profissional e nem sempre competente, pois a escola não ensina tudo, dá apenas um respaldo.
          A pergunta que é imperativa ao Poder Público que dita as regras e, principalmente à rede privada: educar é tão somente preparar profissionalmente?  Quem terá a obrigação de formar o caráter, a personalidade a honestidade, a ética, a estrutura familiar, portanto a sociedade?
          E a cidadania não existe?
         O Ministério da Educação, no lugar de colocarem cada escola um computador, que, naturalmente, é necessário, precisa, urgentemente, saber quem vai formar o espírito e o coração.  E a escola? E a família? Ou será o somatório da escola e da família.
          Quer dizer, chamamos a atenção, pois tudo está errado.  O quadro social é lamentável, os culpados são a escola e os pais. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

Lição de vida

          Com o passar do tempo, notamos como se torna dificultoso o entendimento, ou melhor dizendo, a convivência dos filhos com os pais.
          Desperta a nossa atenção e é até curioso, como os filhos ainda não se conscientizaram que o seu único e verdadeiro amigo, na vida, vêm a ser os pais.  Basta que se acrescente ser impossível existir um pai que não goste do seu filho, porém, ao inverso temos conhecimento.
          Por outro ângulo, patenteia-se que com a morte do pai, é que o filho passa a reconhecer, com consciência, o verdadeiro amigo, pai que teve durante toda a vida.
          Revendo a minha papelada, sem mais espaço para guardar e arquivar, encontrei um pequeno recorte falando da convivência dos pais com os filhos, escrito por um desconhecido, entretanto, entendi ser a expressão da verdade.
          Gostaria, no entanto, que alguém que passasse os olhos pela minha crônica que meditasse sobre o assunto, ora enfocado.
          Quando estamos com a idade de sete anos, entendemos que  nosso pai é herói, sabe tudo, e aos doze anos ele e legal, sabe tudo.
          O tempo se foi e chegamos aos dezessete anos e o nosso entendimento começa a se transformar: papai precisa se reciclar, evoluir, está ultrapassado.
          É interessante, chegando a idade do amadurecimento, o reconhecimento aumenta.
          Aos vinte e dois anos os filhos acham que os pais nada tem a ver com eles e não os entendem, ficando mais difícil o relacionamento.
          Vamos envelhecendo e já aos vinte e seis, percebemos que papai não está com nada, totalmente por fora.
          É triste o quadro quando as coisas ficam mais pretas e escurecem o amor entre os pais e filhos.
          Na balança da vida, aos trinta e cinco anos, os filhos passam a compreender que o pai tinha razão em alguma coisa.
          Observa-se que é necessário que aconteça o caminho da velhice para nascer o amadurecimento tardio dos filhos com os pais.
          Ao entrar nos quarenta e cinco anos, percebem que o seu pai conhecia bem a vida.
          Vejam só, o filho ao entrar nos cinqüenta e seis anos, quando passa a reconhecer que seu pai era sábio, com que idade estará o seu pai? Será que estará vivo, para ter o carinho e para levá-lo a morte.  É tarde de mais, poderia, diz o filho, ter aproveitado melhor o meu pai.
          A lição é uma só: Os filhos precisam ter mais sentimento, mais inteligência, mais amor, ler mais, amar mais.  Você naturalmente esqueceu que amanhã será pai.