segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

Saudade do passado

         Quando começamos a envelhecer, iniciamos, também, o processo da saudade, dos tempos idos das lembranças. É sinal , talvez, que estejamos dando passos para o que chamam de eternidade.
          A idade vai chegando, passamos a meditar mais, parece até que estamos no advento de um outro mundo.
          Há anos, por volta de 1972, lancei, no Rio de Janeiro, um livro na livraria São José, no Rio de Janeiro, chamado “O Artesão” (experiência Poética) e acabei pinsando o poema “Infância” que me leva ao passado e tenho a certeza que os da minha época sentirão também um aperto no peito.

INFÂNCIA
Na memória os tempos da infância.
As manhãs na minha casa, mamãe no Canto da cozinha e o fogo abanando,
Nosso quintal tão bem varrido,
O mamoeiro proporcionava alegria a mim e aos passarinhos.

Lembro também do meu pai,
Livro e mais livro sob o braço,
Atendendo às suas aulas,
Na casa velha transformada em colégio,
Onde poucos sôfregos corriam a estudar.
A alvorada de sanhaçus nas figueiras.
E no fim do entardecer
Meu avô, como o vejo na butica,
A atender sem cessar,
Farmacêutico e médico do povo.

Lembro-me ainda do meu avô,
Já sentindo o tempo,
Preparando lá no fundo,
Xaropadas-Invenções curativas,
Para sanar a dor e o infortúnio.

Da morte do meu avô, presente na memória,
Morreu de tanto atender à dor,
Dor de todos, dor da vida.
Não me lembro de mais nada.

Será que é bom sentir saudades?





sábado, 17 de setembro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

ÉTICA



          Como sabemos o vocábulo ÉTICA tem o seu nascedouro no grego (ETHIKE), que vem a ser parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.  Na verdade e em resumo, é a maneira como se conduz o homem que na sua profissão, no seio da família, no global da sociedade e, de maneira especial, o comportamento ético de homem público.
          Faz alguns dias, que o Governo Federal criou o código de ética para funcionários, comprovando que é preciso baixar norma legal para obrigar o homem público a ter regra no Tratado da "República ".
Notamos a ler o Código, que ele é severo, contém vinte artigos e alguns chamam a nossa atenção.  Como amostragem:
          Obrigatoriedade de registrar reuniões em agendas. 
          Fiscalização periódica do Conselho de Ética.
          Não podem receber presentes que custem mais de   
          $100,00.
          Não pode ter um segundo emprego.
          Proibição de "lobby".
          Declaração de renda e patrimônios por funcionários.
          Proibição de recebimentos de presentes, patricipação  
          em jantares ou viagens pagas por empresa.
          De tudo que registramos do Código de Ética, despertou mais ainda a nossa atenção a seguinte passagem:"As audiêncas junto a autoridades terão que ser feitas diretamnte pelas empresas privadas e associações de classes interessadas.  O interessado deverá informar o tema do enconto e apresentar uma lista dos participantes.  As audiências deverão ser acompanhaas por um servidor ou por um militar."
          Chamamos a atenção para o despropósito da obrigatoriedade, por escrito, em forma de lei, do dirigente público praticar a ética.  Quer dizer que ética é matéria de Lei ou um princípio moral inerente à educação da criatura humana.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

MEMÓRIA CABOFRIENSE

Major Henrique de Niemayer Bellegarde



                O aniversário de Cabo Frio, que se aproxima, pois a nossa ciadade, completará quase 400 anos.  Assim é importante ao, mesmo tempo, que se tome conecimento da figura mis ilustre da nossa terra, o Major Henrique Luiz de Niemayer Bellegarde e que se reverencie a sua memória.
                 Nascido em Lisboa chegou ao Brasil em companhia de seu pai juntamente com a família real.
                 Em 1810, o Capitão Cândido Norberto Jorge Bellegarde pai de Henrique Luiz, faleceu e então Dom Pedro mandou que Pedro de Alcântara e Hennrique Luiz seguissem o estudo da matemática na Escola Militar de Rio de Janeiro.
                 Foi promovido a 1º Tenente, em 1820, e em seguida, o capitão-ajudante do Governador Moçambique,retornando, então,
posteriormente a Cabo Frio.
                  Em 1828, foi promovido a Major Engenheiro e, em 1831, publicou o Resuma da História do Brail, com duas edições.
Foi destacado e seguiu para Cabo Frio, onde dirigiu a construção do Farol do Cabo e o Projeto Cabo Frio.  Construiu a ponte de ferro, hoje Feliciano Sodré, sendo que os pegões da mencionada obra foram feitos às suas expensas.
                   O desenvolvimento a nossa terra, continuou pelas mãos o Major Bellegarde, passando a construir os canais de cacimbas do Ururahy e de Maricá.  Os projetos de arruamento de Cabo Frio e de Macaé foram concretizados pelo Major.
                 Foi o fundador da Irmandade de Santa Isabel .  Construiu,no ao de 1837, a casa de Caridade (Charitas) que durante muito tempo abrigou os órfãos desamparados e também dava assistência aos irmãos da Irmandade de Santa Isabel.
                   Contam os biógrafos que o Major sacrificou a sua saúde, ao dsenvolvimeto de Cabo Frio e, assim, premarutamente, aos 37 anos,veio a falecer de febre perniciosa, em 21 de janeiro de 1839, estando sepultado no cemitério de Santa Isabel.
                    Durante longo tempo, a figura ilustre do Major Bellegarde viveu no esquecimento, quando em 1996, o Poder Executivo, sob a Presidência do Vereador Acyr Rocha, instituiu a Medalha Major Bellegarde. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CRONICA DO PROFESSOR AFONSO SANTA ROSA

  1. Cultura nao é brincadeira



                A Secretaria Estadual de Cultura procedeu a levantamento, verificando o peso do setor cultural da economia do Rio de Janeiro.
                O levantamento tornou-se importante e, ao mesmo tempo, despertou a minha curiosidade, considerando-se a cultura como atividade econômica, quando entendia-se que se tratava de um luxo das classes elitistas.
                Revelou, no entanto, a pesquisa se no plano nacional, a cultura responde por uma fatia equivalente a 1% do PIB ( Produto Interno Bruto ), quando se trata do Rio de Janeiro esse posicionamento é de 3,8%, superando os setores como: transporte, telecomunicação e energia elétrica.
              Quando se trata de Cabo Frio, cidade histórica, com passado cultural, poderá  alavancar a nossa economia, como acontece com os dados do Rio de Janeiro.
              O levantamento em tela apresenta outras informações preciosas: R$10 bilhões gerados pela economia da cultura de PIB nacional, mais da metade, R$5,1 seria um produto do que acontece no Rio de Jaeiro.
               Deduz-se, pela estatística, que o Rio e Janeiro é o maior polo cultral do país, não só no quantitativo, como também em imagem e repercussão.
              Leve-se em considração que a cultura se agiganta, ainda na base da improvisação e do amadorismo.  Vamos imaginar então se planejarmos, persistirmos e, principalmente, se o Poder Púbico traçar uma ponte de consciência entre o dirigente, com alguma cutura pelo menos ou entendimento cultural e sabendo-se da importância do setor para a economia.
               Ficou fácil compreender e entender a presença da cultura, a sua expressão e importância no PIB da nossa economia.
              Urge na verdade, que se mude o enfoque, lendo mais e considerando que a cultura nâo é um luxo de elites e nem bandeirolas eneitando os pátios das escolas.